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INTRODUÇÃO

Síntese e Utilização

 

Os piretróides são compostos orgânicos sintéticos, estruturalmente semelhantes às piretrinas (ésteres do ácido crisantémico, produzidas pelas flores de Chrysanthemum cinerariaefolium e de C. coccineum).


Estes compostos são muito utilizados como insecticidas e acaricidas, sendo  normalmente mais tóxicos para os insectos e peixes do que as piretrinas e tendo um efeito mais duradouro.

Atualmente, começou a comercializar-se misturas de piretróides e piretrinas, obtendo-se assim um efeito sinérgico. Pensasse que este sinergismo impede que algumas enzimas quebrem os piretróides e as piretrinas, aumentando, por isso, o seu efeito.​ [1,12]

Fig.1 - Cipermetrina, um tipo de piretróide com ação inseticida e acaricida. [10]

Perspectiva Histórica

Durante muitos anos, as piretrinas foram utilizadas como insecticidas pela sua ação sobre várias espécies de insectos e serem pouco tóxicas para os mamíferos, quando usadas correctamente. Contudo, as piretrinas naturais apresentavam grande instabilidade à luz solar e ao ar, o que levava à diminuição da sua eficácia. [1,12]
O uso dos piretróides sintéticos na agricultura iniciou-se na década de 70, após o desenvolvimento de compostos com diferenças estruturais das piretrinas, de modo a se obter substâncias com maior estabilidade à luz e também um maior potencial insecticida. Deste modo, os piretróides começaram a ser largamente utilizados na agricultura e pecuária, assim como se tornaram de uso doméstico.
São dos insecticidas mais utilizados em todo o mundo pela sua baixa toxicidade para os mamíferos e o rápido desaparecimento do ambiente.
Para o homem, são essenciais na luta contra doenças com vetores artrópodes, como a malária e a doença de Chagas, nos países em desenvolvimento.
São ainda muito úteis a nível veterinário, na prevenção de doenças e tratamento de animais utilizados para consumo humano.
Contudo, o seu uso acarreta sempre cuidados especiais pois têm efeitos cardiotóxicos assim como neurotóxicos para os seus utilizadores.

Fig.2 - Processo de síntese de inseticidas piretróides. Inicia-se com a formação de piretrinas a partir das flores de C. cinerariaefolium. Mais tarde, através de modificações moleculares foi possível obter compostos sintéticos, piretróides, com menor toxicidade que podessem tornar mais seguro o uso de inseticidas.

[1]- Santos M, Areas M, Reyes F (2007) Piretróides – uma visão geral, Alim. Nutr.18,3, 339-349

[8]- http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5d/Glebionis_February_2008-1.jpg, acedido em 1.5.2013
[9]- http://www.cra-pav.it/bancadatibiologica/formule/piretrine.jpg, acedido em 1.5.2013
[10]- http://www.insetimax.com.br/insetipedia/cipermetrina, acedido em 1.5.2013
[11]- http://www.pragas.com.br/noticias/destaques/images/inseticida2.jpg, acedido em 1.5.2013
[12]- Costa G.L, Giordano G, Guizzetti G, Vitalone A (2008) Neurotoxicity of pesticides: a brief review, Frontiers in Bioscience 13, 1240-1249

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